sexta-feira, 7 de junho de 2013

PF estoura quadrilha de roubo de cargas que atuava em 7 Estados




A Polícia Federal desarticulou nesta quinta-feira (6) uma quadrilha especializada no roubo de cargas que operava em estradas que cortam sete Estados brasileiros — Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Tocantins e São Paulo. Até agora, 22 pessoas foram presas.

A Operação Piratas do Asfalto, uma referência à maneira como a quadrilha atuava, lembrando a ação de piratas, começou ainda durante a madrugada e cumpre 35 mandados de prisão e 40 mandados de busca e apreensão.

A ação da PF de hoje conta com 200 policiais espalhados pelos Estados onde a quadrilha atuava. As investigações sobre o bando começaram em fevereiro de 2012, no Estado do Tocantins, e permitiram à polícia identificar a rotina da quadrilha. A PF estima que o bando provocou um prejuízo de R$ 50 milhões com o desvio de carregamentos roubados.

Os criminosos abordavam os caminhões carregados ainda em movimento e faziam emboscadas para os motoristas, que eram sequestrados. Alguns caminhoneiros, responsáveis por cargas valiosas, também ajudavam o bando nas ações, segundo a investigação da PF. Eles desviavam as mercadorias para, depois, registrarem ocorrências policiais.

O grupo lançava mão de tecnologia para roubar cargas. De acordo com a PF, os bandidos usavam potentes bloqueadores de celulares — conhecidos como jammers — para evitar o rastreamento dos caminhões e da carga roubada. A Polícia Federal investiga ainda a possível participação de funcionários das empresas de monitoramento e segurança eletrônica no esquema criminoso.

A cobertura ruim de sinal das operadoras de celular em algumas estradas do interior do Brasil, como a Belém-Brasília, contribuiu para as operações da quadrilha.

Cargas valiosas - A PF informou que, durante a investigação, os policiais monitoraram 17 casos de roubo/furto de cargas. Em algumas situações, as cargas estavam avaliadas em mais de R$ 1 milhão.

A quadrilha, no entanto, não escolhia as cargas, pois roubava desde alimentos até equipamentos eletrônicos e materiais de construção. Somente em máquinas agrícolas, a PF já recuperou um total aproximado de R$ 3,6 milhões.

Nesse período, os policiais também realizaram 12 prisões em flagrante, e alguns dos detidos foram postos em liberdade, mas voltaram a ser presos por força de mandados de prisão cautelares.

Os membros do grupo deverão responder pelos crimes de formação de quadrilha, furto qualificado, roubo, receptação qualificada e falsa comunicação de crime, entre outros.


Nação ruralista

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